Por
Mariana Cavalcante Ouverney (Aracaju,
07 de abril de 2017)
Se você tem mais de um
filho, provavelmente sabe do que estou falando!
É muito comum os irmãos
brigarem. Geralmente estão disputando a atenção dos pais, influência ou
território. Mas é importante estar atento, pois brigas recorrentes, sem motivos
e com agressões entre os irmãos, acabam por causar muito estresse na família e
também podem gerar problemas de convivência futura entre os irmãos.
E por mais atenção e
mimos que as crianças recebem, essa situação parece não mudar, pois, na
verdade, os irmãos estão ajustando suas necessidades ao convívio social, que
mostra a sua face inicial dentro do contexto familiar.
Há momentos em que
surgem brigas repentinas e sem motivo, besteirinhas e implicâncias que chegam
aos nossos ouvidos somente para nos irritar. Muitas vezes temos vontade de
fazer “ouvido de mercador” e continuar com nossas tarefas mais importantes. Mas
é muito importante que os pais estejam atentos às brigas entre os irmãos.
Principalmente se perceberem que os filhos não estão conseguindo resolver os
conflitos sozinhos, se houver violência física ou verbal ou se for instado
manifestar-se. Isso é extremamente importante no processo de educação, primeiro
para mostrar autoridade e cobrar o respeito dos filhos às regras de convivência
familiar e social, como também para mostrar aos filhos que se importa com cada
um, individualmente.
É importante saber
ouvir os dois lados. Às vezes a diferença de idade e personalidade dos filhos
nos pender para um dos lados. Mas é preciso ouvir as versões diferentes, para
depois fazer o seu “julgamento” sobre a questão. No entanto, muitas vezes não é
possível saber quem começou a briga, já que cada um tem suas próprias versões
sobre os fatos. Nesse caso, é preciso pensar em alguma forma de repreender o
comportamento dos dois, de forma justa. Quanto a isso, também é necessário
estabelecer regras claras aos filhos, assim como sobre as possíveis sanções de
descumprimento. Isso vai facilitar a orientação das atitudes deles e também
suas expectativas quanto às atitudes dos pais. É importante tentar estabelecer
uma regra que seja geral, para evitar aquela questão: “por que eu fiquei de
castigo quando fiz isso e o meu irmão não”.
Dialogar com os filhos
é essencial. Principalmente quando há certa diferença de idade, pois é preciso
deixar claro que a percepção de mundo de um é diferente da do outro, e isso vai
repercutir diretamente nas possibilidades de punições. Evitar comparações também
é fundamental. Vamos falar a verdade, somos seres únicos, não gostamos de ser
comparados a ninguém! Sendo assim, o importante mesmo é ressaltar as qualidades
e mostrar as atitudes que se espera do filho, o chamado “reforço positivo”.
Dar o exemplo também é
uma questão crucial na educação dos filhos. Aquela história do: “faça o que eu
digo, mas não faça o que eu faço”, não existe em matéria de educação infantil.
As crianças aprendem o que vivenciam! Sendo assim, é importante ter em mente
que as crianças estão sempre observando, avaliando e reproduzindo o
comportamento dos adultos significativos afetivamente, principalmente dos pais.
Desta forma, observe se há alguma atitude dos adultos na família que possa
estar influenciando um comportamento de brigas, violências ou egoísmo nas
crianças.
Os irmãos precisam
aprender a dividir o afeto dos pais, o espaço da casa, os brinquedos, etc. É
muito legal quando eles brincam e se divertem juntos. Na maioria dos casos, os
laços de fraternidade são um elo familiar muito grande e duradouro. Mas os pais também podem tirar um tempinho
para dar atenção a cada um dos filhos individualmente, principalmente quando há
diferença de idade. Os gostos são diferentes, e às vezes dividir a atenção
proporciona uma interação maior com cada um dos filhos individualmente. Assim,
o pai pode levar a filha para andar de bicicleta, enquanto a mãe leva o filho
ao cinema. E na próxima vez, trocarem as atividades. É muito bom ter um
tempinho só nosso com quem a gente ama, não é? Isso aproxima mais as pessoas!
Referências:
ZEBINI, Daniele. Brigas entre irmãos: 7 dicas
para acabar com elas. 28012/15.
Disponível em:
FINHOLDT, Renata. Dicas de como agir quando os filhos brigam demais. Disponível
em:
SAYEGH,
Simone. Pais evitam brigas entre irmãos com medidas simples; descubra se
você age bem. 21/07/12. Disponível em:
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