sexta-feira, 21 de abril de 2017

Meus Filhos Brigam Demais!


Por Mariana Cavalcante Ouverney (Aracaju, 07 de abril de 2017)


     Se você tem mais de um filho, provavelmente sabe do que estou falando!
     É muito comum os irmãos brigarem. Geralmente estão disputando a atenção dos pais, influência ou território. Mas é importante estar atento, pois brigas recorrentes, sem motivos e com agressões entre os irmãos, acabam por causar muito estresse na família e também podem gerar problemas de convivência futura entre os irmãos.
     E por mais atenção e mimos que as crianças recebem, essa situação parece não mudar, pois, na verdade, os irmãos estão ajustando suas necessidades ao convívio social, que mostra a sua face inicial dentro do contexto familiar.
     Há momentos em que surgem brigas repentinas e sem motivo, besteirinhas e implicâncias que chegam aos nossos ouvidos somente para nos irritar. Muitas vezes temos vontade de fazer “ouvido de mercador” e continuar com nossas tarefas mais importantes. Mas é muito importante que os pais estejam atentos às brigas entre os irmãos. Principalmente se perceberem que os filhos não estão conseguindo resolver os conflitos sozinhos, se houver violência física ou verbal ou se for instado manifestar-se. Isso é extremamente importante no processo de educação, primeiro para mostrar autoridade e cobrar o respeito dos filhos às regras de convivência familiar e social, como também para mostrar aos filhos que se importa com cada um, individualmente.
     É importante saber ouvir os dois lados. Às vezes a diferença de idade e personalidade dos filhos nos pender para um dos lados. Mas é preciso ouvir as versões diferentes, para depois fazer o seu “julgamento” sobre a questão. No entanto, muitas vezes não é possível saber quem começou a briga, já que cada um tem suas próprias versões sobre os fatos. Nesse caso, é preciso pensar em alguma forma de repreender o comportamento dos dois, de forma justa. Quanto a isso, também é necessário estabelecer regras claras aos filhos, assim como sobre as possíveis sanções de descumprimento. Isso vai facilitar a orientação das atitudes deles e também suas expectativas quanto às atitudes dos pais. É importante tentar estabelecer uma regra que seja geral, para evitar aquela questão: “por que eu fiquei de castigo quando fiz isso e o meu irmão não”.
Dialogar com os filhos é essencial. Principalmente quando há certa diferença de idade, pois é preciso deixar claro que a percepção de mundo de um é diferente da do outro, e isso vai repercutir diretamente nas possibilidades de punições. Evitar comparações também é fundamental. Vamos falar a verdade, somos seres únicos, não gostamos de ser comparados a ninguém! Sendo assim, o importante mesmo é ressaltar as qualidades e mostrar as atitudes que se espera do filho, o chamado “reforço positivo”.
     Dar o exemplo também é uma questão crucial na educação dos filhos. Aquela história do: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, não existe em matéria de educação infantil. As crianças aprendem o que vivenciam! Sendo assim, é importante ter em mente que as crianças estão sempre observando, avaliando e reproduzindo o comportamento dos adultos significativos afetivamente, principalmente dos pais. Desta forma, observe se há alguma atitude dos adultos na família que possa estar influenciando um comportamento de brigas, violências ou egoísmo nas crianças.  
     Os irmãos precisam aprender a dividir o afeto dos pais, o espaço da casa, os brinquedos, etc. É muito legal quando eles brincam e se divertem juntos. Na maioria dos casos, os laços de fraternidade são um elo familiar muito grande e duradouro.  Mas os pais também podem tirar um tempinho para dar atenção a cada um dos filhos individualmente, principalmente quando há diferença de idade. Os gostos são diferentes, e às vezes dividir a atenção proporciona uma interação maior com cada um dos filhos individualmente. Assim, o pai pode levar a filha para andar de bicicleta, enquanto a mãe leva o filho ao cinema. E na próxima vez, trocarem as atividades. É muito bom ter um tempinho só nosso com quem a gente ama, não é? Isso aproxima mais as pessoas!

Referências:

ZEBINI, Daniele. Brigas entre irmãos: 7 dicas para acabar com elas. 28012/15.
Disponível em:

FINHOLDT, Renata. Dicas de como agir quando os filhos brigam demais. Disponível em:


SAYEGH, Simone. Pais evitam brigas entre irmãos com medidas simples; descubra se você age bem. 21/07/12. Disponível em:

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